Ocorrerá durante o IV Seminário Direito, Pesquisa e Movimentos Sociais o Mini-Curso “Possibilidades teórico-metodológicas da Pesquisa Militante”. Saiba mais:

Ministrantes:

Renata Versiani Scott Varella (Doutoranda do IESP/UERJ, Advogada Popular do Coletivo de Assessoria Popular Margarida Alves);

Jonathan Jaumont (Assistente Social, integrante do Instituto de Estudos Latino-Americanos – IELA/UFSC e Coordenador do Pólo de Extensão Popular – PEPo/UFSC);

Emiliano Maldonado (Advogado Popular e Mestrando em Direito na UFSC);

Convidada: Ana Carla Werneck (Estudante em Serviço Social – UFSC e Bolsista do Pólo de Extensão Popular – PEPo/UFSC)

O objetivo do mini-curso é apresentar e discutir a Pesquisa Militante, suas concepções teórico-metodológicas, métodos e técnicas, a fim de dotar os participantes de um horizonte de possibilidades para o trabalho investigativo em diferentes esferas da produção de conhecimento (pesquisa, extensão e outros). Entende-se, como Pesquisa Militante, um espaço amplo de produção de conhecimento orientado para a ação transformadora, que articula ativamente pesquisadores, comunidades organizadas, movimentos sociais e organizações políticas, em espaços formais ou não de ensino, de pesquisa e de extensão. Referida modalidade de pesquisa está presente de maneira contínua em toda América Latina, possuindo, em suas variadas configurações geográficas e históricas, diferentes contornos, matrizes político-ideológicas, contextos de ação e possibilidades. Contudo, é flagrante que esta perspectiva de pesquisa, no período histórico recente, é pouco debatida e divulgada nos âmbitos formais acadêmicos. Em função disso, pretendemos, no mini-curso, para além de uma contextualização histórica sobre a pesquisa militante, realizar uma reflexão sobre as possibilidades e os limites desta perspectiva investigativa nos contextos universitários nos quais estamos inseridos. Neste sentido, utilizaremos, como subsídios, artigo de Ruy Mauro Marini sobre a Universidade Brasileira e texto de Rodolfo Stavenhagen sobre as possibilidades de descolonização das ciências na América Latina. E, no âmbito metodológico, tomaremos, como referências teóricas e práticas centrais, as experiências e formulações de Guerreiro Ramos, Orlando Fals-Borda, Paulo Freire e Oscar Jara. Por fim, iremos explorar um caso concreto atualmente em curso: os trabalhos desenvolvidos pelo Pólo de Extensão Popular do Instituto de Estudos Latino-Americanos da Universidade Federal de Santa Catarina. Serão também compartilhados materiais sobre outros autores e experiências em curso na América Latina.

Abaixo, os textos recomendados para leitura são:

BRINGEL, Breno; VARELLA, Renata Versiani Scott Varella. Pesquisa Militante e Produção de Conhecimentos: o enquadramento de uma perspectiva. Disponível em: http://universidademovimentosociais.wordpress.com/artigos/, 2014.

FALS-BORDA, Orlando. Por la práxis: el problema de cómo investigar la realidad para transformala. Federación para el análisis de la realidad colombiana (FUNDABCO). Bogotá: 1978.

FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? 7ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. p. 10-37.

RAMOS, Guerreiro. A redução sociológica. 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1996. p. 105-112.

JARA, Oscar. Para sistematizar experiências. 2ª ed. revista. Brasília: Ministério do Meio-Ambiente, 2006. p. 39-42 / 45-58 / 71-92.

MARINI, Ruy. A Universidade Brasileira. Tradução de Fernando Corrêa Prado. Revista de Educación Superior, nº 22, México, abr.-jun. 1977.

STAVENHAGEN, Rodolfo. Sociología y Subdesarrollo. 7ª ed. México: Editorial Nuestro Tiempo, 1984. p. 207-234.

Vagas limitadas: 50 participantes.

Dias: 18 e 19 de setembro (quinta e sexta-feira)

Duração: 19hs às 21:30hs